segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Vale a pena completar o óleo do motor do seu carro? Tire suas dúvidas


Do Oficina do G1

O óleo é um dos principais itens de manutenção. Ele está diretamente ligado à vida útil do motor do carro e, caso falte, parte das peças internas pode derreter devido ao excesso de calor gerado pelo atrito e pela combustão. Mas nem sempre vale a pena completar o nível do óleo. Veja a seguir respostas para as principais dúvidas sobre isso:

Posso checar o óleo com motor quente?
Cuidado com frentistas apressadinhos. Você não deve verificar o nível de óleo assim que chegar ao posto, pois com o motor muito quente uma parte do óleo estará dispersa na região superior do motor, impedindo que a vareta quantifique o volume total de óleo no fundo do cárter (reservatório de óleo que fica no fundo do motor). Abasteça primeiro, calibre os pneus e por último peça a verificação do nível do óleo.

Vale a pena completar o óleo?
Todo motor consome óleo. É por isso que a vareta medidora possui duas marcações: mínimo e máximo. O consumo varia de acordo com a quilometragem e com o desgaste interno do motor. Alguns veículos consomem mais e outros menos, e isto não significa que o mais antigo obrigatoriamente tenha alto consumo de óleo e nem que todo carro novo consuma pouco óleo. Tudo dependerá do estado de conservação interno do motor e das características de projeto de cada motor. O que podemos afirmar é que as trocas regulares, dentro dos prazos de validade, garantem uma vida longa ao motor.

Sabendo que todo carro consome óleo, você não precisa completar o óleo a cada vez que o nível abaixar. O importante é não deixar que o nível atinja da marcação “mínima”. Se estiver nesta situação, verifique a quilometragem de troca na etiqueta do vidro. Caso esteja próximo do momento da troca, é melhor antecipar a troca completa.

Se você possui um carro com motor “cansado” (alto consumo de óleo), antes de qualquer viagem mantenha sempre o nível no máximo, completando com a mesma especificação e a mesma marca. Se você tem que repor óleo com frequência, antes de retificar o motor verifique se a mangueira (ou válvula) do respiro do cárter não está entupida. Procure também por vazamentos na parte externa do motor.

Dá para identificar o momento da troca do óleo apenas friccionando o óleo nos dedos?
Não, todo óleo escurece depois de alguns dias de uso e a viscosidade, entre outras propriedades, exige equipamento específico para análise, porém alguns problemas podem ser detectados ao checar a vareta: se o óleo estiver esbranquiçado é sinal de que ele está contaminado com água (em razão de vazamento interno). Outro sinal de problema é quando você nota a presença de graxa consistente na vareta: significa que você perdeu, e muito, o momento da troca. Quando seu óleo se transforma em uma graxa não basta apenas trocá-lo, é necessário fazer uma limpeza interna do motor com o auxílio de detergentes específicos para este fim. E não se esqueça de substituir o filtro de óleo.

Faz mal colocar óleo não especificado pelo fabricante?
É um risco. No projeto construtivo, após longos testes de durabilidade e desempenho, é que as montadoras definem qual tipo de óleo trará os melhores resultados na redução de atrito, na limpeza e na dissipação de calor. Com todo respeito aos frentistas de postos, é melhor abrir o manual do proprietário e verificar qual a especificação indicada pelo fabricante. A famosa frase “doutor, põe este que é excelente” pode causar algum desconforto no seu bolso. Por outro lado, colocar um óleo barato e inferior poderá gerar grandes problemas a médio ou longo prazo. Não se trata de favorecimento desta ou daquela montadora nem de qualquer marca de óleo, mas sim de valorizar e respeitar o trabalho de pessoas que dedicam anos no estudo e desenvolvimento de produtos que efetivamente tragam resultados consistentes. No manual do proprietário, a especificação estará neste formato: MARCA SAE 20 W 40 SF (os itens destacados serão diferentes para cada tipo de motor).

Posso misturar duas marcas diferentes com mesma especificação? 
Não é recomendado. Apesar de possuir a mesma especificação, óleos de marcas diferentes costumam conter aditivos químicos diferentes que quando misturados e aquecidos podem gerar subprodutos não desejáveis. A situação é pior quando se mistura óleo mineral com óleo sintético. Misture duas marcas diferentes apenas em situações emergenciais de falta de óleo no motor e, assim que possível, faça a troca completa do óleo e a do filtro.

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